O método das evidências gráficas é um velho conhecido dos arquitetos e urbanistas desde a obra magistral de Kevin Lynch, Site Planning (1962, em coautoria com Gary Hack), em que a área de implantação de uma nova edificação é minuciosamente examinada. Nesta obra, cada uma das variáveis presentes na análise do sítio físico se torna uma evidência, como um dado a ser considerado em uma verdadeira investigação. Que investigação seria essa? Aquela que leva à definição da forma a ser edificada. A partir das evidências mais elementares (a orientação do terreno, sua topografia, a forma do lote, o sistema viário preexistente, os ventos dominantes, as diretrizes de uso do solo etc.), novas camadas de evidências são cuidadosa e criativamente enunciadas, aumentando a precisão e a especificidade de cada aspecto do partido arquitetônico (os acessos da edificação, seus padrões de aberturas e fechamentos, sua solução de controle de insolação excessiva, de ruídos etc., assim como o zoneamento do lote/gleba, o zoneamento dos pavimentos, os padrões de compartimentação etc.).