Não mais de vinte homens, quase todos ex-militares, participaram da primeira guerrilha contra a ditadura militar no Brasil. Dois anos depois do golpe de 1964, apoiados por Leonel Brizola, então exilado no Uruguai, tentaram estabelecer um foco na serra do Caparaó, na divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais. Uma tentativa de recriar, no Brasil, uma Sierra Maestra, uma guerrilha como a cubana, que a partir de um pequeno grupo bem articulado promoveu uma revolução. Além da perseguição militar e policial, enfrentaram sua inexperiência para sobreviver no ambiente inóspito escolhido para a ação, a desconfiança dos camponeses - que tentaram, sem nenhum sucesso, arregimentar - e as divergências internas, quando o idealismo dos primeiros instantes progressivamente vacilou. Em 1º de abril de 1967 os guerrilheiros foram capturados, numa emboscada organizada pela PM mineira. A luta desses combatentes estava praticamente esquecida - ausente das principais obras de referência [...]