Havia dois reinos sobrepostos e, apesar disso, eram divididos por uma floresta, repleta de árvores frondosas, que limitava-se com um suave gramado florido, estendendo-se até uma estrada, que, aparentemente, levava ao portal de cada um dos reinos em uma espécie de pêndulo circular. Nesse espaço, tudo acontecia por meio dos sentidos, aguçados a cada mordida naquelas frutas fartas e saborosas. E tudo tinha a atenção do menino que andava por entre as folhagens. No entanto, aquela floresta não estava lá para deliciar seus visitantes, tinha um propósito aparente, separar paradoxalmente aqueles reinos sobrepostos, estabelecendo o limite de cada um deles com o seu próprio limite. O Menino do Lado de Lá é de autoria de J.R. Penteado.