A segunda edição do livro Justiça Restaurativa e Abolicionismo Penal surgiu, basicamente, por dois motivos: pelo esgotamento da primeira edição e pela necessidade de receber atualizações, sobretudo de ordem bibliográfica. Uma vez que a justiça restaurativa tem sido protagonista de diversas publicações e projetos de pesquisa, no Brasil e no exterior, torna-se praticamente indispensável revisar e atualizar regularmente qualquer estudo nessa temática. Em período de hiperinflação da população carcerária e de notória situação de descaso em relação às condições dos presídios brasileiros, chama a atenção que a primeira edição tenha tido ampla aceitação da comunidade jurídica e acadêmica. Tal aceitação se confirma, em especial, pelo segundo lugar obtido na categoria Direito da 57ª edição do Prêmio Jabuti, no ano de 2015. Prêmio que, naturalmente, atribui maior responsabilidade à condução e à publicação da segunda edição, mas que serve também como seu principal incentivo. Espera-se, com esta nova edição, colaborar para o aprofundamento do debate sobre a justiça restaurativa no Brasil, com todos os desafios que um dos maiores sistemas carcerários do mundo traz consigo, e que permita também o questionamento sobre o próprio sistema carcerário e seu estado de falência, há muito constatado.