No cruzamento entre literatura e psicanálise, em encantador diálogo com Fabio Herrmann, Fernanda Sofio mostra que a clínica é a chance de apanhar, pelas estórias, o lugar onde o sujeito se vê enovelado. Sabemos que o peso desse novelo (ou dessa novela) pode ser insuportável. A clínica, no entanto, tece uma rede de escutar e sentidos, andaime em que o sujeito pode se descobrir mais leve, não de todo solto, mas correndo solto nas malhas de palavras que o sustentam. Dessa cena nasce um sujeito outro, mais ágil, pronto para criar sua história: literacura.