Fernando Pessoa diminuía a "febre de sentir" escrevendo o que sentia. Imagino que seja a mesma febre que dita estes versos: o coração na boca é a expressão de quem sente além da conta. De quem se vê na iminência de transbordar. Tudo aqui é sentimento e sensação. E, mesmo quando a melancolia prevalece, Juarez fala de esperança: "Alguma coisa há de ser alegria / entre o começo / e o fim deste dia".