Esta é a história do próprio autor, que dividiu o relato em duas fases: antes e depois do acidente na linha férrea. Antes: Rogério era alcoólatra e, como funkeiro, vivia envolvendo-se nas brigas de gangues. Era um viver dissoluto e sem domínio. Caminhava a passos largos para a morte. O seu prazer estava em satisfazer a sua vontade. Sentia-se bem na prática da violência, do vandalismo e de atos de conseqüências desastrosas. Depois: ao acordar do coma do atropelamento, ainda no hospital, sentiu que algo havia mudado. Teve vontade de libertar-se dos vícios e da leviandade. Decidiu pela regeneração. Aproveitou desse estado evolutivo e investiu nesta inspiração.