Nas manifestações humanas mais intensas ... na dor da morte de alguém por exemplo, sempre nos interrogamos se a dor será física ou mental. Ninguém verdadeiramente sabe: parece mental, mas o corpo sofre inteiramente. No prazer mais intenso ... no orgasmo verdadeiro, igualmente nos interrogamos se o prazer será físico ou mental. Ninguém verdadeiramente sabe: parece físico, mas a "alma" festeja inteiramente.Num e noutro caso será sempre um todo, um vice-versa, uma identidade. E não saberemos exactamente responder porque tudo o que nos acontece se passa nesse mesmo registo: no registo da impossível separação entre corpo e espírito. O ser humano está psicossomaticamente organizado à partida, absolutamente condicionado por isso, em todos os terrenos do viver e do sentir."Identidade" será um sentimento intricado nessa organização, nessa rede de todas as componentes que a cultura costuma separar. Será uma "identidade corporal", que se desenrola num corpo sexuado, onde cada facto é um "Facto Psicossomático", sustentado numa "Psicossomática Estrutural".