A poesia, antes de tudo, tem que ser muito boa. De primeira qualidade! Bela, surpreendente, bem escrita. Tem que mexer com a emoção, com as sensações. Ser prazerosa, gostosa, lúdica, triste, sofrida. E a tantos modos de fazer poesia! Há poetas que brincam com as palavras de um modo gostosíssimo de a gente ouvir e ler, fazendo rimas divertidas, juntando as palavras de um jeito engraçado, imprimindo ritmo a seus versos. Outros nos contam inúmeras narrativas sob formas de versos. Também pode-se provocar reações diversas com a poesia: imagens visuais, sabores, sons. Alguns poemas retratam os sonhos, os desejos, as vontades, e despertam no leitor a visualização de seus próprios anseios ou idéia de felicidade. Outras poesias falam sobretudo de emoções, de sentimentos vividos, sentidos, provocados. Tratam de amor, de amizade de tristeza, de medo. E além de tudo isso, os poetas têm o dom de abordar com sensibilidade o brincar de faz-de-conta e a noção de realidade que qualquer criança tem, e de levar para o papel e a riqueza das experiências infantis. Muito já se falou a respeito do que é poesia. Assim bem define um grande escritor: “Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que nunca vi” Oswald de Andrade