Percebe-se que para as pessoas produzirem em um sentido amplo (social, econômico, cultural) e viver plenamente nas cidades que se transformam, elas devem estar em um ambiente que lhes permita fazê-lo com eficiência, e que todas tenham condições de alcançar os bens e serviços indispensáveis à vida. Entretanto, a distribuição desigual de atividades (residencial, comercial, industrial, lazer) na cidade acaba por criar diferentes graus de oportunidades espaciais ou diferentes graus de alcançabilidade entre uma atividade e outra, sendo que uma das tarefas fundamentais do planejamento urbano é reconhecer e medir os distintos graus de oportunidade espacial, que caracteriza o grau de privilégio locacional que cada atividade tem com relação a todas as outras atividades, e como as transformações que ocorrem podem ser efetivamente monitoradas e avaliadas, o que exige mecanismos e instrumentos compatíveis com essa complexidade e continuidade.