O movimento reformista cindiu a Igreja, dando início à era das diversas confissões – católica, ortodoxa, luterana, calvinista, anglicana –, aos conflitos e às guerras de religião. A missão mundial levou à conquista de novos territórios. Em meio à civilização nascida do Iluminismo e das transformações provocadas pela Revolução Francesa, os cristãos viveram em um contexto sócio-filosófico-cultural naturalista e hostil e distanciaram-se do mundo moderno – apostasia dos intelectuais e do operariado. Apesar de iniciativas do Concílio Vaticano II, esse afastamento ainda não parece estar superado. Nesta síntese, o autor descreve e interpreta os encadeamentos históricos que conduziram das reformas da doutrina e da vida da Igreja ao esforço ecumênico e ressalta a função histórica exercida pelos cristãos nesse período: a defesa do Transcendente contra o racionalismo e o imanentismo; a sustentação de uma lei moral contra o positivismo, o relativismo e a separação entre a moral e as várias atividades humanas; e a subordinação de todas as atividades humanas à pessoa, salvando-a das insídias do individualismo liberal, econômico e social, e dos perigos do racismo, do nacionalismo, do totalitarismo e do imperialismo.