Publicado em 1931, este romance traz traços marcantes da biografia de Grazia Deledda em uma narrativa que leva o leitor para a sua intimidade, o eu lírico/narradora de A cidade do vento descreve a sua relação com Gabriel, um amor de sua juventude, que desaparece para retornar à sua vida, para o seu tormento, poucos dias após o seu matrimônio com outro homem. Em um jogo de tensões precisamente calculado, passado e presente se entrelaçam diante do olhar do(a) leitor(a) e dão forma à trama arquitetada por Deledda. Neste romance, a natureza é um de seus principais personagens. O vento, que está no título do livro, é uma de suas forças motrizes: é ele que movimenta e rege a vida das pessoas da inominável cidade italiana onde se passa a trama. O vento pode ser lido como uma metáfora do destino, mas também como a força que rege os ciclos da vida. [...]