Nascido em São Paulo e vivendo na Paraíba, Amador se define 'samparaibano da gema'. Essa autodefinição já revela sua vocação para a síntese, o que afinal é como também pode se definir esse seu livro Barrocidade. Como bem aponta Glauco Mattoso, 'Seu tirocínio de professor o instrumentaliza para que atinja o ambicioso objetivo de sintetizar, posmodernamente, elementos típicos da geléia geral brasileira... a pernambucidade vibra através de João Cabral (que trocadilha com Pedro), Gonzagão, Alceu Valença ou Frederico Barbosa; a mineiridade é invocada em Rosa e Drummond; a baianidade, em Caetano, Gil e Tom Zé; a paraibanidade, em Augusto dos Anjos; a concretude, nos Campos, em Mallarmé ou Cummings; a musicalidade, em Rita Lee, Jackson do Pandeiro ou Itamar Assumpção; a paulistanidade, em suma, em todos eles juntos'.