Este livro representa uma fração pouco conhecida da obra de Cecília Meireles, na qual se pode flagrar seus laços com um momento fundante da literatura de língua portuguesa. Reúne sete poemas, publicados inicialmente em edição artesanal de 1951, pouco antes do clássico Romanceiro da Inconfidência, publicado em 1953, e também recua no tempo para dar sentido ao presente por meio da potência da palavra. Poderíamos dizer que Amor em Leonoreta e Romanceiro da Inconfidência, nascidos de um idêntico impulso estrutural, são livros irmãos na medida em que, em ambos, a autora retroage historicamente, buscando num outro tempo signos que possam iluminar o presente, diz Miguel Sanches Neto, na apresentação da obra.             Inspirada na novela Amadis de Gaula, de 1508, Cecília cria neste livro uma linguagem profundamente identificada à lírica lusitana e suas raízes medievais. Sua recriação resulta numa história de amor típica dos romances de cavalaria, como a inacessibilidade da mulher amada, a exaltação de sua beleza, a onipresença do sofrimento amoroso e até a morte como solução para se alcançar o estado amoroso inatingível em vida, sempre trazendo aquela potência emocional que constitui o estilo da autora. Neste extraordinário livro, Cecília Meireles cria uma linguagem profundamente identificada com a lírica lusitana e suas raízes medievais. Inspirando-se em Amadis de Gaula, célebre novela da Idade Média, seus setes poemas também recuam no tempo para dar sentido ao presente por meio da força iluminada do sentimento de amor e da palavra viva.Neste extraordinário livro, Cecília Meireles cria uma linguagem profundamente identificada com a lírica lusitana e suas raízes medievais. Inspirando-se em Amadis de Gaula, célebre novela da Idade Média, seus setes poemas também recuam no tempo para dar sentido ao presente por meio da força iluminada do sentimento de amor e da palavra viva.