A pós-história está raiando. Está raiando em duas formas: na da estupidez dos aparelhos programadores, e na forma da estupidez dos bárbaros destruidores de aparelhos. Mas, em meio de tal maré de alienação desenfreada, continuamos abertos para a realidade concreta, a qual vivenciamos, atualmente, sob forma da solidão para a morte. Não apenas sob forma da nossa própria solidão para a morte do outro. A despeito da maré que nos cerca, e que vai engolindo-nos, estamos abertos para tal reconhecimento de nós próprios no outro. Não mais, por certo, na sociedade, mas na solidão do ensimesmamento. Somos, em tal sentido duplamente negativos, abertos para o amor, que omnia vinct. Por certo: somos programados para sermos homines ludentes. Mas isto não implica necessariamente sermos programados apenas para sermos funcionários robotizados, objetos. Podemos, igualmente, ser jogadores que jogam em função do outro. Destarte podemos, de robôs, passar a ser novamente “imagens de Deus”, pela porta de serviço. Romper a simbolização alienada e retornar à experiência concreta da própria morte no outro. Retornar, em suma, para sermos homens