A geógrafa Maíra Borges analisa a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e nos revela as deficiências institucionais do país para estabelecer processos democráticos de participação da sociedade na tomada de decisão sobre obras que impactam profundamente seus direitos e interesses. Com base em textos críticos sobre determinada concepção hegemônica de desenvolvimento, a autora expõe a violação desses direitos, principalmente entre a população indígena, na fase de implantação da usina. O livro nos proporciona uma leitura que nos ajuda a avaliar até que ponto a participação social é parte da construção democrática de nosso desenvolvimento nos dias de hoje. Esperamos que o leitor encontre nestas páginas uma abordagem que explicite os processos e acontecimentos para além dos expressos na mídia cotidiana. Maíra se junta aos que se mobilizam contra as injustiças e procuram construir um mundo diferente. Com prefácio de Felício Pontes Jr., procurador da república e responsável pela defesa dos direitos indígenas no Pará, e orelha de Sergio Leitão, advogado, socioambientalista e diretor de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.