Houve um tempo em que Deus era mulher e representava o caos e a ordem universal simultaneamente. Terra, Lua, grutas, caldeirões, tigelas, árvores, vinhas, cereais, montanhas, rochas, fogo, água e vento. Todos estes elementos foram usados, através dos tempos, na literatura e na arte, como símbolos do feminino e de uma divindade que recebeu muitos nomes: Ísis (no Egito), Gaia (na Grécia), Oiá (na África, América e Brasil), Schechinah (para os judeus) e Shakti (para budistas e hindus). Esta antologia, organizada por Shirley Nicholson, busca analisar o significado dos mitos da Deusa, cujos rituais de adoração podem ser detectados em quase todas as culturas, as perspectivas psicológicas do princípio feminino, as visões da tradição e os conceitos sociopolíticos que nasceram à sombra dessas visões.