O semanário político O Homem do Povo, cuja coleção integral compõe este volume, foi publicado entre março e abril de 1931, e é a materialização do "salto participante" de Oswald de Andrade e de sua então mulher Patrícia Galvão, a Pagu. Os exemplares fac-similados pertencem ao Fundo Astrojildo Pereira do Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Cedem-Unesp). A publicação é uma coedição da Editora Globo e da Imprensa Oficial dos Estado de S. Paulo, com apoio do Museu Lasar Segall. O volume conta com textos esclarecedores de Augusto de Campos, Maria de Lurdes Eleutério e Geraldo Galvão Ferraz. Depois de quase uma década de ativismo antropofágico, a crise mundial deflagrada pelo crash de 1929, com o empobrecimento geral e o enorme acirramento entre esquerda e direita, representadas pelo bolchevismo soviético e pelo ascendente nazifascismo europeu, levaria Oswald e Pagu à militância partidária. Assim, após se filiarem ao Partido Comunista do Brasil, passam a publicar O Homem do Povo, visando espalhar a mensagem da revolução entre o operariado urbano. Não funcionou.