O si, considerado a forma reflexiva de todas as pessoas gramaticais, remete imediatamente à questão da identidade: Quem é o locutor do discurso? Quem é o agente ou o paciente da ação? Quem é a personagem da narrativa? Quem é o responsável por um ato? Essa interrogação sobre a identidade leva a renovar a antiga dialética entre o Mesmo e o Outro, pois o outro pode ser dito de várias maneiras, e o si também pode ser considerado como outro. Os dez estudos que compõem esta obra são uma reflexão sobre o sentido e o destino das filosofias do sujeito. Caberá dizer sobre o Eu dessas filosofias que ora está de mais, ora está de menos? A hermenêutica do sujeito aqui proposta pretende ficar tão distante da apologia do Cogito quanto de sua destituição.