Este não é apenas um livro, é um jogo do contrário em avaliação. Ele se apresenta ao avesso, em todos os sentidos. Pode ser lido de frente para trás, de trás para frente, porque a leitura dos capítulos, tal como a aprendizagem, não tem caminhos a priori definidos: cada leitor decidirá o melhor jeito de captar-lhe o sentido. Duas partes compõem o jogo. Numa delas, "entre claros e escuros da avaliação", Jussara se posiciona em relação a questões polêmicas, debatidas nas escolas, insistindo em princípios essenciais à concepção mediadora. Na outra, "fazendo o jogo do contrário", traz um convite sensível à reconstrução das práticas avaliativas em respeito às diferenças. Entrelaçando textos, contextos e exemplos de casos, organiza suas considerações teóricas em três tempos: o tempo de admiração dos alunos, o tempo de reflexão sobre suas manifestações e o tempo de invenção de novos jeitos de ensiná-los. Nas tramas dos contrários, o livro é um instigante convite à leitura e à releitura, porque a autora, assim como defende idéias próprias com o vigor de sempre, deixa portas abertas às "ousadias" de cada um.