Embora focada nos costumes da década de 1940, no pós-guerra, a história procura antever o futuro, através das visões de mundo dos seus personagens, sejam eles simples ou complexos. Não há protagonista, mas um narrador onisciente, que está na mente de todos eles. As mulheres são figurações. Não há nenhuma mais decidida ou mais corajosa. São apenas sombras ou complementos. A que se sente marcada foge do seu destino por castigo. A realidade da época precisa ser vista com olhos antigos. Assim como a vida, a morte por afogamento pode espreitar no rio São Francisco, com suas armadilhas. Outro ponto aflito e forte. E mais: a caçada à onça, com sua encenação e fingimentos de coragem. O tempo climático, depois do rio, é o personagem mais constante, pois ambienta, personaliza, e muda os rumos da história, sendo marcante em todo o enredo, como se fechasse um tema e abrisse outro capítulo. Truques de escritor experiente, que sabe manejar as nuvens em prol de contar melhor a sua história.