Ouvir pessoas é minha sina. E, depois, preciso escrever, por a termo de forma técnica, inteligível, sucinta e objetiva. Mas tenho um dom, com quase vinte anos de carreira, aprendi a conhecer as pessoas e seus anseios. Vejo em seus olhares medo, dor, magoa, vingança, rancor e, isso de certa forma me incomoda. Depois de certo tempo passei a fazer comigo o que faço com os outros, ou seja, me ponho a termo, me analiso, de forma poética, patética. Sou um questionador do mundo, um buscador de mim mesmo e, na escrita podemos tudo. São criticas a um sistema, não é nada pessoal. Vivemos nesse mundo e precisamos compreendê-lo, assim, a filosofia e a policia me tornaram perspicaz. Consigo transmitir em textos questionamentos dos mais variados. Vejo casais que antes se amavam e, depois, inimigos mortais. O que houve? Pergunto e busco a resposta, observo os diversos casos e, depois, bem, depois tenho uma inspiração e os textos surgem. Ah, eles vem... Nessa caminhada, de meados de 2014 até hoje, já foram quase 2 mil textos. De grão em grão... Os textos são pessoais e feitos para mim, mas pode ser que meus aborrecimentos sejam de todos. Não sei, mas assim como na polícia que é preciso perguntar, então é necessário escrever, somente assim saberei. Bem, espero que apreciem e, acredito que, num ou noutro texto compreenderão o que acabo de escrever.