Esse livro analisa a condição feminina no período de construção da modernidade no Rio de Janeiro, os padrões gerais adotados pela classe dominante e divulgados pela imprensa no início do século XX. A modernidade, sob a ótica da revista, tinha a lógica da reafirmação da divisão sexista dos papéis sociais. Isto porque em relação aos comportamentos femininos, apesar das transformações inerentes à época, o encontro entre tradição e modernidade seguia limitando a atuação das mulheres na sociedade. Nesse sentido, embora moderna, a mulher continuava retratada como esposa ideal, mãe e dona de casa, em oposição aos avanços do feminismo que reivindicava direitos como o voto, a educação superior, a ampliação do acesso ao mercado de trabalho e o divórcio.