Escrever é o ato concreto de ser quem não se é. É o ato de esvaziar-se profundamente de si para tornar-se aquele Outro vazio, que enxerga mundos e cria universos, desaparecendo-se, enfim, da realidade factual. Emerge-se noutro local, onde as Palavras reinam e revestem-se de sua poesia indecifrável. (Des)Vira é uma pequena, porém colossal, coletânea de poemas que mergulham o leitor numa dimensão (des)humana, afogando-o nas melodias da vida e da morte. Não há saída! Há apenas entradas e perguntas!