“A vigésima segunda vista da generosidade” é uma coleção de pequenas crônicas que acolhem em seu humilde espaço os grandes dilemas da vida humana: ser autêntico, reconhecer-se em sua pequenez, entender e explorar toda a amplidão do amor. Sinceridade, verdade, essência, todos os milhares de respingos da enxurrada da dádiva de viver. Os pássaros que voam pelos céus, encantam com sua pureza, opondo- se ao homem tão perdido entre todas as suas angústias – sendo o amor a maior delas – desta maneira, é preciso que o homem se entregue a sua essência, como nas palavras do autor, “ser a si mesmo é a única saída que até agora ainda não tentamos”. Com crônicas simples, o autor brinca com as palavras criando simetria à sua narrativa, como em “Amamos como nos amaram. Amamos como permitimos que nos amem. Amamos como gostaríamos de ser amados”. A repetição da palavra amar equilibra a escrita delineando o caráter multifacetado do sentimento de amor. Com esta mistura de simplicidade e reiteração, o autor mixa todas as possibilidades dos sentimentos humanos à uma esfera ornamentada com poesia, a qual paira como peça de encaixe no intervalo de uma crônica a outra.