E fica combinado assim: poesia erótica é interação, praticamente carnal, entre poeta e leitor. E cresce (no melhor dos sentidos) quando o tesão de um pelo outro passa do papel impresso para as sensações, admirações, veias e pele. A língua é a da poeta (e novamente aqui no melhor dos sentidos), mas os abismos são de todos os que a ela entregam os seus abismos. Poesia erótica também pode ser contemplação, quando “Nos aquietamos nos acordes da sinfonia” e “Amanhecemos brisa de verão!” É tudo nosso, como se diz na gíria que, e semântica e essência, já nasce a dois.