As lembranças são grandes construtoras de quem somos. São como pulsações que nos mantêm no caminho e que, por vezes, nos tiram totalmente do trilho. Este livro é feito de histórias plenas de sensibilidade, em que passeamos pelo passado significativo de país, filhos, mães; vivemos encontros entre crianças e velhos; encontramos amor, agonia, carência e aconchego [...] O autor não se esquiva da ideia da morte que nos separa de nossos queridos, mas que abre um portal para a ressignificação de toda a presença daqueles que estiveram em nossas vidas e que sempre estarão conosco [...] As reminiscências trazem de volta a culpa, o amor, a angústia, o perdão, tudo um pouco misturado, entre a dor e o conforto. [...] Cada detalhe, cada sombra, cada nesga de luz, trabalhada pela palavra, na certeza que é do autor e que se faz minha também de que “a literatura salva”. [?? por Carla Orrú]