amparando-se em uma perspectiva ampla, a proposta é desconstruir esse jornalismo retrospectivo para, então, reconstruir a própria história. além de factoides e curiosidades, o propósito é revelar que há muito de posicionamento político nas obras analisadas. o fio que une as tramas narrativas é a exclusão. negros escravizados e índios oprimidos ocupam no texto de pestana um lugar primordial. mais do que tentar harmonizar o conturbado contexto sociológico, o que se faz aqui é trazer o conflito das narrativas ao primeiro plano. por fim, sinto profundo alívio em ter diante de meus olhos obra de tão elevado valor. nos tempos sombrios que se avizinham no brasil de 2016 (quando se observa a ascensão de um discurso retrógrado e infundado, materializado em iniciativas parlamentares como o projeto escola sem partido), é reconfortante saber que ainda há resistência, que um novo mundo é possível, desde que as novas gerações tomem de exemplo jovens e visionários intelectuais, caso flagrante de thiago pestana. do prefácio, rodrigo irponi mestre em história econômica pela universidade de são paulo (usp) professor do curso de história da universidade anhanguera de são paulo especialista em pesquisa do museu paulista/usp.