O problema epistêmico encontrado na Teoria Geral dos Sistemas (T.G.S.) questiona o método mecanicista cartesiano e contrapõe o pensamento analítico de René Descartes, pois este considera a fragmentação do conhecimento e o reducionismo do ser humano. Tal pensamento também foi utilizado por Galileu Galilei, Copérnico, Francis Bacon e Isaac Newton. Após uma longa trajetória histórica, a abordagem sistêmica surge na primeira metade do século XX, sendo um dos principais teóricos conhecidos o biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, que resgata o princípio aristotélico: “O todo é maior que a soma das partes”, teoria também abordada pelos gestaltistas. De início, sua teoria foi fortemente rejeitada na época, pois ela contrapunha o paradigma da ciência que tinha como modelo o átomo. Com o passar do tempo, com o avanço da biologia organísmica, que demonstrava o sucesso das abordagens sistêmicas, o pensamento sistêmico é adotado por diversas áreas do conhecimento, tanto nas ciências exatas (química, física, matemática etc.) como nas ciências humanas (psicologia, sociologia, história etc.). Porém, ainda nos dias de hoje, encontramos grandes dificuldades para essa mudança de paradigmas da ciência moderna para a contemporânea. É com o auxílio da teoria de Bertalanffy e demais cientistas contemporâneos que procuramos superar os problemas de nossa época que não foram resolvidos com o modelo fragmentador e reducionista da ciência moderna.