Os autores que escolhemos para compor Leituras da morte vivem em diferentes países (Japão, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil) e discutem temas variados como arte, violência nas grandes metrópoles, terrorismo, guerras e formas de vida. Eles analisam nexos de sentido entre os discursos da morte, a significação da perda, as suas representações e a experiência crua da mortalidade. O leitor vai perceber a reincidência de algumas citações entre os diversos textos que refletem, antes de mais nada, acerca da nossa exposição à morte como princípio radical de (in)comunicação. Esta é uma preocupação que tem atravessado o mundo, organizando-se como um acordo tácito de sobrevivência que ainda aposta na coletividade e na necessidade de se reaprender a viver junto: a solução adaptativa mais viável para todo ser vivo, inclusive para nós, imprudentes seres humanos.