Mikhail Bakhtin, filósofo literário, cujos estudos são geralmente associados ao Carnaval e ao Diálogo, foi uma figura solitária que trabalhou, sobretudo em seu ateliê, Jean Carlos Gonçalves nos apresenta um livro em que as ideias de Bakhtin sobre o Diálogo e a Educação são retiradas de um estúdio sombrio para um estúdio bem iluminado, e ali, são convidadas ao jogo. Bakhtin escreveu sobre ideias em interlocução na ágora (o fórum público), mas nesta obra vemos Jean Gonçalves propondo um espaço real, mais do que apenas teórico, onde ensino e aprendizagem se costituem enquanto acontecimento. De certo modo, o ateliê de Gonçalves nos leva de volta às raizes do ver.