A identidade do Movimento Carismático Católico encontra na experiência denominada como Batismo no Espírito Santo - como consta nos estatutos dos Serviços Internacionais da RCC que foram aprovados pela Santa Sé - o seu coração. Se é infalível dizer que nenhuma experiência com Jesus Cristo é puramente pessoal e subjetiva, porque sempre se trata, ao mesmo tempo, de uma experiência eclesial, é correto concluir também que o Batismo no Espírito Santo, enquanto experiência crítica e de sentido, transforma a vida do fiel que a vive - na dimensão subjetiva - e, no contexto eclesial, no nós cremos da Comunidade dos Discípulos - na dimensão objetiva - ele se orienta a transformar o Culto Cristão. Embora tenhamos no cajado de Pedro o referencial visível da nossa unidade em Cristo – tanto espiritual quanto doutrinária – nós sabemos que nossa unidade não é uniformidade, mas comunhão na diversidade. Há diversidade de carismas, de apostolados, de missões e até de visões teológicas, mas aquilo que harmoniza e traz a comunhão entre todos nós é a santa obediência ao Primus Inter Paris, àquele que recebeu de Cristo o poder e a missão de confirmar os seus irmãos (cf. Lc 22, 32), o Papa. O problema é que, infelizmente, a obediência de muitos é seletiva (portanto, falsa!): Eu obedeço àquilo que, previamente, eu concordo. E assim, quando o pronunciamento do Papa corrobora com as premissas previamente defendidas... abundam os posts (em tempos de internet) e as afirmações do tipo “Roma locuta, causa finita”. Quando, por outro lado, o pronunciamento do Papa não está dentro das premissas previamente estabelecidas como “a verdade” ... ou ficam indiferentes ou passam a buscar “embasamentos” para minar a autoridade do Papa, do tipo “isto é apenas uma opinião dele, que teve uma escola progressista ou tradicionalista”, etc. Muitos grupos que “posam” de obedientes não passam de oportunistas bradam aos quatro ventos a sua catolicidade, mas pecam num princípio tão basilar como este: A fé na ação de De