Apesar da aparente mesmice do tema, o livro das terapeutas americanas Claudia Bepko e Jo-Ann Krestan mostra-se surpreendente. Nele, prova-se por a+b que, no fim da história da emancipação feminina, a mulher levou a pior mas pode sair dessa. Em Cantando a plenos pulmões, a argumentação não se dá no plano opinativo. Especializadas em terapia de família e dependência feminina de drogas e álcool, as autoras realizaram cerca de 300 entrevistas e apresentam exemplos detalhados para justificar suas teses e propor novos padrões de comportamento para romper os mecanismos de adaptação ao modelo feminino neurotizante.