Uma história de fantasia, uma terra de reis e rainhas cercados por magia e paixões avassaladoras. Estes são os ingredientes que fazem de “O trílio de sangue”, de Julian May. O Mundo das Três Luas, povoado por humanos, duendes, aborígines e outros seres, vive em perfeito equilíbrio sob a regência da Arquimaga Haramis, até ser ameaçado pelo feiticeiro Portolanus, que retorna de Kimilon, a longínqua e inóspita Terra de Fogo e Gelo, para disseminar a guerra e dominar o mundo. Depois de ouvir a triste história de Shiki, um caçador de peles que teve mulher e filhas assassinadas por Portolanus, a Arquimaga Haramis consulta seu talismã para saber quem é esse malfeitor e que tipo de ameaça ele significa ao equilíbrio do mundo. Atordoada, ela começa a suspeitar que ele é, na verdade, Orogastus, o feiticeiro que amara e que pensava estar morto há muitos anos. Aos poucos, Haramis descobre que a desconfiança tem razão de ser. E assim vai. A riqueza do livro está no encanto provocado pela trama fantástica da disputa entre Orogastus e as irmãs pelos amuletos; e a transformação dos personagens femininos com o aprendizado sobre magia, amor, poder, ambição, limitações e valores. “O trílio de sangue” é recomendado para quem quer refletir sobre o comportamento humano através de uma leitura romanceada e encantadora.