Genocídio é uma palavra pesada. De uma violência tamanha que pensei em sugerir ao Zé Luiz mudar o título de seu livro. Será mesmo que as águas do Madeira carregam essa mórbida mancha de sangue? Antes de ler o texto e de saber o contexto, busquei na memória eventos trágicos ocorridos nas águas e nas beiradas do Madeira que pudessem ser considerados assassinatos deliberados de pessoas motivados por diferenças étnicas, raciais, religiosas ou políticas, crimes que caracterizam a eliminação de um povo, um genocídio. Guarim Liberato Junior é jornalista e mestre em Sociologia Política. Tomou água do rio Madeira entre 2008 e 2010, quando foi editor-chefe do Diário da Amazônia.