O agronegócio não se expande apenas pela força. Na base das imensas plantações de soja e milho destinados à exportação radica um complexo sistema de construção de consenso social que faz com que gente rica, pobre e de classe média, empresários, trabalhadores e governantes, homens e mulheres de todas as origens fechem os olhos para os rastros de destruição dessa atividade, preferindo ver apenas seus benefícios econômicos. Neste livro, a socióloga Amalia Leguizamón destrincha os mecanismos que legitimam a sojicultura transgênica e o uso intensivo de agrotóxicos na Argentina, e cria uma fórmula analítica que serve como ponto de partida para entender por que a maioria da população latino-americana apoia o extrativismo.