Abram caminhos: a filha da mata inteira em seu quintal de bambu se volta ao chão para nascer em palavras e prosas de encantaria. Vévi di vento sorto essa fia. Arrudeia seiva. É frô e é cipó que assustenta nossas cabeças pras riba di dentro. Entra pelas peles num movimento de dar as mãos. Entrelaça mapas, árvores e mulheres. Com a boca e corpo inteiro, evoca. Das terras antigas memória do mundo, avoa. Sua acústica ressoa, ondas n’àgua. Sua acústica grita: é a sina, o sonho, a sede. Sente cum o povo desde muito tempo. Refaz dia a dia o caminho da travessia cum seu povo. Ô disimpregada, ô mulher discabelada. Ô mô fio, meu amor ternura. É no sintido da sobrevivença qui essa fia dança. Escuta ela. Óia ela. Vai junto cum`ela moveno. Agôa os passo sa minina. Primeiro mergulha, depois aterra. Móia os caminho dela pra móde ela passá. Seus movimentos amanhecem e despertam, e do coração se presenceia um muntuejo de sentimentos prósperos e abundantes. Há luz. Junto aos seus e às suas, brilha (...)