Neste livro é apresentada, através dos cardápios de um prisioneiro, uma reconstrução minuciosa da alimentação da Bahia no século XVIII. Nele, pela primeira vez, de forma constante, aparece o trinômio feijão, arroz e farinha, mistura que se tornaria a marca registrada não só da cozinha baiana, mas nordestina e de grande parte do território nacional. É um livro que, através dos cardápios, sinaliza que não reproduzimos mecanicamente no Brasil a cozinha tradicional portuguesa, porém, sem a sua presença jamais criaríamos uma culinária brasileira tal como se consolidou, formada com adaptações, acréscimos e incorporações de outras culturas. Portanto, se trata de um livro obrigatório para os estudiosos da culinária nacional, muito particularmente para aqueles que ainda só olham para a Bahia tendo em mente a comida de azeite