A traição é uma possibilidade inexistente. Não sofre de ciúmes dos demais clubes, pois seria a negação do amor monogâmico. Sentem-se privilegiados por amar o clube e a fidelidade é uma regra geral que não precisa de justificação, é assumida com naturalidade, sem dores, mortificações e explicações. Amam porque, simplesmente, amam. Um amor histórico, idealista, romântico, na busca permanente pela vitória e sucesso, baseado no prazer e gozo. Quando o juiz apita o início da partida, a esperança é sua companheira, sempre tendo a necessidade de reafirmação permanente dos prazeres e emoções através das competições. Assim, este amor é sempre otimista, o ceticismo existente é pequeno, frágil, muito embora possa ser um convidado inesperado. O futebol é a consagração plena do amor romântico, na busca pelo gozo e pelo prazer, um amor otimista e forte em si mesmo na procura permanente pelo encontro, marcado pela saudade e admiração pelo manto sagrado, pelas cores, hinos e cantos da (...)