Parque industrial, de Patrícia Galvão, a Pagu, é uma jóia da literatura brasileira do século XX. Escrito em 1932, foi publicado pela primeira vez no ano seguinte, numa edição, com tiragem e divulgação pequenas, paga por Oswald de Andrade. Tido como o primeiro romance proletário brasileiro, denunciando a vida dos excluídos da sociedade paulistana e retratando a desigualdade social numa sociedade moralmente hipócrita, Parque industrial foi assinado com o pseudônimo Mara Lobo por causa de atritos com o Partido Comunista - dentro do qual, apesar do engajamento, a autora encontrou forte restrição à sua participação no movimento político devido ao seu passado "pequeno-burguês". Parque industrial é mais um lançamento da coleção Sabor Literário - cujo ícone é uma cerejinha, o toque especial -, que vem apresentando textos inéditos ou pouco conhecidos de grandes escritores.