Em ledo engano incorrem os leitores mais desavisados ao suporem que o maior privilégio, ao concluírem a leitura deste terceiro livro de Luiz Canêdo, é poder tê-lo em mãos. Isso porque maior privilégio ainda do que participar da realidade fantasiosa de seus personagens é poder saborear, ao redor de uma mesa, seja do bar, seja da própria casa, as mesmas histórias e estórias contadas pelo próprio autor. O talento como "contador de causos" reproduz, com alegre espontaneidade, o talento já demasiadamente comprovado na escrita.