No Brasil, o trauma é a primeira causa de morte na população jovem e a terceira, na população em geral. Como a maioria das vítimas não tem acesso aos especialistas em trauma, é o médico-geral, na maior parte das vezes, o responsável pelo primeiro atendimento, que ocorre, com frequência, na própria cena do trauma e em situações difíceis e hostis. Independentemente da especialidade, é preciso rapidez para diagnosticar, decidir e agir. Organizados em 12 partes, os 92 capítulos do volume foram escritos por 123 autores que se dedicam a elucidar os principais aspectos da traumatologia prática: • aspectos gerais dos traumas, seu histórico e a epidemiologia do trauma no Brasil; • prevenção de acidentes na infância e os principais índices utilizados na prática médica; • avaliação no atendimento pré-hospitalar; • damage control, síndrome compartimental abdominal, trauma na gravidez, na criança e no idoso; • queimaduras, afogamento, maus-tratos na infância, violência doméstica; • doação de órgãos, intoxicações exógenas agudas e por álcool; • suicídios; • mordeduras, acidentes por animais peçonhentos, infecção pelo HIV em ambiente cirúrgico e transtorno de estresse pós-traumático; • capítulos específicos para profissionais de enfermagem, fisioterapia e nutrição; • procedimentos específicos aos casos de múltiplas ocorrências. Os traumas foram separados por região anatômica, levando praticidade e rapidez à consulta, a saber: • cabeça e pescoço (traumas cranioencefálicos, da coluna cervical, ocular e facial); • tórax (torácico, esofágico, traqueal e dos brônquicos, cardíaco e da aorta); • abdominal (diafragma, hepático e de vias biliares, esplênico, gástrico, duodenal, intestinal e retal); • geniturinário (renal, ureteral, da bexiga e dos órgãos sexuais); • musculoesquelético, também sistematizado por regiões. Este livro é dedicado a todos os médicos e outros profissionais da saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas) que, por ofício ou destino, precisam lidar com as vítimas dessa endemia, com o objetivo último de minimizar o número de mortes e as sequelas das vítimas.