Filho de um próspero médico judeu de Berlim, Hanns Alexander buscou abrigo com a família na Inglaterra, quando Adolf Hitler ascendeu ao poder na Alemanha, nos anos 1930. De volta ao país natal, em 1945, na condição de investigador de crimes de guerra de um comitê britânico, ele descobriu os horrores dos campos de concentração nazistas. A Segunda Guerra Mundial já havia acabado, mas Hanns Alexander ainda tinha uma obsessiva missão: localizar os oficiais nazistas responsáveis pelo extermínio em massa de judeus, em especial, o Kommandant de Auschwitz: Rudolf Höss. Finalista do Costa Brava Award e comercializado para 12 países, Hanns & Rudolf recebeu críticas positivas dos principais jornais norte-americanos e britânicos e figurou em importantes listas dos mais vendidos nos EUA e na Europa. Sobrinho-neto do protagonista desta perseguição implacável, o jornalista inglês Thomas Harding só descobriu no funeral de Hanns Alexander, em 2006, o que o misterioso irmão de sua avó realizara durante a Segunda Guerra. Revendo a trajetória de sua família, em cartas, antigas gravações em fita e entrevistas com sobreviventes, Harding começou a reconstruir uma história de bravura e terror que marcara o século XX e opunha Hanns e Rudolf para além das representações tradicionais de herói e vilão. Entrelaçando a história de ambos, do início do século até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Thomas Harding envolve o leitor numa narrativa cheia de nuances e reviravoltas. A ascensão dos nazistas na Alemanha foi determinante na vida de Hanns e Rudolf. Para o primeiro, significou a traumática mudança de toda a família, devido à crescente perseguição aos judeus. Para Rudolf Höss, os sucessivos triunfos de Hitler na Europa o colocavam como figura central nos planos do Partido Nazista. Exilado em Londres com a família, Hanns e seu irmão gêmeo Paul decidiram se alistar como voluntários na batalha contra o seu país natal. Quando finalmente retornou à Alemanha, nos instantes finais da guerra, Hanns encontrou o resultado de anos de duros combates: ruínas e mortos por todos os lados. Mas o pior da Segunda Guerra ele descobriria ao cruzar o portão de arame farpado do campo de concentração de Belsen. O ódio que sentiu ao ver as atrocidades nazistas lhe daria uma nova motivação na vida. Integrado ao corpo de investigadores de crimes de guerra inglês, Hanns dedicou-se inteiramente a localizar e punir os criminosos nazistas, que fugiram e se dispersaram pela Europa e pelo mundo, disfarçando suas verdadeiras identidades. Movido pelo sentimento de vingança, Hanns não deu trégua ao Kommandant de Auschwitz, Rudolf Höss, descrito pelo jornal New York Times em 1947 como "provavelmente o maior assassino individual na história do mundo". Em obediência às ordens diretas de Heinrich Himmler, um dos homens mais poderosos do Terceiro Reich, Höss encarregou-se de construir em Auschwitz uma máquina de matar capaz de assassinar até quatro mil pessoas por dia, com o uso perverso do gás Zyklon B. Com o suicídio de Hitler e a morte de Himmler, Hanns Alexander sabia que somente a prisão de Rudolf Höss provaria o objetivo nazista de eliminar sistematicamente os judeus, na chamada Solução Final. Em nome de todas as vítimas do Holocausto, Hans não descansou enquanto não colocou as mãos em Rudolf.No elogiado "Hanns & Rudolf", o jornalista britânico Thomas Harding apresenta um detalhado estudo sobre dois personagens-chave da Segunda Guerra Mundial. Com uma prosa atraente, o livro é a biografia cruzada de Hanns Alexander, judeu-alemão que liderou uma caçada aos nazistas a serviço do exército britânico, e Rudolf Höss, fazendeiro e soldado que se tornou o comandante-chefe de Auschwitz, o maior campo de extermínio de judeus durante o conflito.