"Quando aconselhamos ao príncipe o afeto de piedade, não queremos que seja eliminado o efeito da justiça e da verdade. Caso contrário, onde estaria a proteção dos súditos? Mas desejamos que também o ofendido tenha espírito no poder, contenha a força, não mostre o furor do espírito, mesmo que alguém o ofenda. Assim, se for necessário, puna poupando ou poupe punindo, para que não se veja que mais vinga as próprias ofensas do que emenda os maus méritos. Pois o Senhor pune os pecadores de forma a purificar os erros por um ato que medica e não por um afeto que destrói."