Dança na memória uma menina. Ela atravessou décadas a bailar. E, entre homens na lua, voo de morcegos e combinações, viu o mundo passar pelas janelas da varanda. Um dia saiu da varanda e mergulhou no rio da vida. Soube de amores, recebeu flores, descobriu-se eterna nos filhos e netos. E hoje, em sua casa atrás do pipoqueiro, de certa Praça da cidade, ela olha os horizontes. Sabe dos dias azuis e dos nublados e mantém o gosto de colher manhãs.