Tudo que pertence ao passado é do âmbito da morte. Portanto, meu caro Lucílio, age como dizes na tua carta: Sê o proprietário de todas as tuas horas. Serás menos escravo do amanhã se te tornares dono do presente. Enquanto a remetemos para mais tarde, a vida passa. Nada, Lucílio, nos pertence; só o tempo é nosso. Sêneca escreveu esta obra em sua velhice quando já se tinha retirado da Corte para sua casa de campo. É uma série de cartas que ele dirige a Lucílio, iniciadas em julho de 62, e corresponde ao breve período de menos de três anos de vida que ainda lhe restam. Em abril de 65 ele corta os pulsos por ordem de Nero.