Ao filhote humano, do ponto de vista do seu desenvolvimento, pouco importa se nasceu na África, Oceania, Américas, Ásia, Europa ou Oriente Médio. Para a plena evolução mental e física do bebê o importante é que suas necessidades antropológicas sejam observadas, respeitadas e atendidas pelos adultos que cuidam dele. A sociedade contemporânea com seu estilo de vida apressado criou uma série de objetos e brinquedos para distrair o bebê, confortá-lo, aquietá-lo e até estimulá-lo; em contrapartida vem esquivando-se de atender algumas demandas fundamentais para o desenvolvimento somático e emocional dos filhotes humanos. Com uma linguagem acessível e bem-humorada, em que o bebê aparece como sujeito de seu próprio processo, este livro propõe uma reflexão sobre os nossos novos comportamentos sociais e as necessidades atávicas dos pequenos. Mais do que isso, sugere soluções para um meio de campo entre a vida cotidiana apressada dos adultos e a dos bebês em seus estágios primários de desenvolvimento. Cláudia Rodrigues é jornalista, educadora somática e mãe de três filhos.