Planejar e esperar que seus planos deem certo é algo perfeitamente natural ao ser humano. Talvez seja o maior traço que o distingue enquanto ser inteligente. Porém, nem sempre os planos realizados saem como se desejava, e é exatamente nesse momento que entra a capacidade de escolher, seja entre se entregar, aceitar, negar ou perder a sanidade, com a inevitável compreensão de que nem tudo pode estar ao nosso controle. Nesta obra de profunda sensibilidade e sinceridade, a autora, uma mãe não gestante, de uma gestação fadada à inevitável perda da filha após o seu nascimento, mostra que, mesmo que se tenha perdido completamente o controle, mesmo que não exista qualquer possiblidade de se ter poder sobre uma determinada situação tão profundamente triste, ainda assim existe uma forma que somente a maternidade é capaz de construir: o poder de amar incondicionalmente. [...]