Na presente obra a autora "se dá ao luxo de mergulhar fundo nas obras de Hegel à procura de uma resposta para uma questão ainda pouco explorada, e delas emergir serena, com um texto breve, claro como poucos, capaz de iluminar a questão abordada por múltiplos ângulos. A autora tem por objeto de pesquisa justamente o problema da consumação da linguagem. Consumação nos dois sentidos da palavra: de um lado, a plenificação da linguagem, o que conduz à superação do que há de contingente e arbitrário na cognição humana, dando lugar a um possível pensamento puro, capaz de realizar a autofundamentação do saber absoluto, de outro lado, a supressão da linguagem, destituída como seria de sua função se a meta da superação radical da experiência fosse de fato possível. O que está em questão é, portanto, o pretenso apriorismo da dialética hegeliana". Eduardo Luft