Glauber Rocha, que às vezes se declarava materialista e dialético e outras vezes se confessava 'protestante, judeu, mouro, leitor da Bíblia', foi um artista com muitas contradições, expressas à sua maneira exaltada, polêmica. Dele houve quem disesse - 'É um gênio que não se deve levar a sério', e também quem o admirasse por sua 'personalidade mágica'. Nele houve quem visse 'o Euclides da Cunha do cinema'. Amado ou detestado, admitido ou contestado, Glauber marcou época e faz falta.